
Internet das Coisas (IoT)
Deixe um comentário / Blog / Por Erica Freitas
Você conhece o conceito de IoT ou conhecido também por “internet das coisas”?
O termo descreve um cenário em que numerosos dispositivos que fazem parte do nosso cotidiano estão permanentemente conectados à internet e se comunicam mutuamente através da mesma.
E você, já se perguntou o quanto tudo isso é tão importante? E quais mudanças a internet das coisas trouxe para nossa rotina diária?
Vem comigo para desvendar este mistério nas próximas linhas.
Por que internet das coisas é tão importante?

A Internet das coisas (Internet of Things) é a conexão através da internet possibilitando a troca e coleta de dados entre vários dispositivos que norteiam itens do dia a dia: cortinas, lâmpadas, portas que podem ser ativadas por um smartphone, ou o GPS em um carro que seja ativado pelo toque ou comando de voz são alguns exemplos de como a IoT está cada vez mais presente.
Portanto, faça um rápido exercício: tente se lembrar dos objetos que você usa para se conectar à internet. Smartphone, tablet, notebook, desktop. Você com certeza utiliza pelo menos um desses dispositivos.
Outro exemplo: smart TVs. Com elas, você pode acessar serviços como Netflix, YouTube e Spotify de modo direto, sem ter que ligá-las ao seu PC ou celular.
A importância não reside na ideia de fazer você ter mais um meio para se conectar à internet, a conectividade serve para que os objetos possam ficar mais eficientes ou receber atributos complementares.
A Internet das coisas e suas aplicações

Ambientes domésticos:
- Streamings:
Hoje em dia o streaming faz parte do nosso dia a dia.
Antigamente tínhamos que ir à locadora alugar filmes, ou ir à lojas comprar CD ou DVDs.
Apesar de hoje ainda existir mídia física, a mídia digital tomou conta do mercado, como: HBO Max, Netflix, Amazon Prime Video, Crunchyroll, Glogoplay, VIKI.
Aos poucos as TVs por assinatura a cabo também vão perdendo o espaço no mercado com as recentes IPTVs: Directv Go, Pluto Tv, Claro Tv+.
- Games:
Com as mídias físicas cada vez mais perdendo o espaço no mercado por mídias digitais, recentemente a empresa Microsoft lançou seu novo serviço de jogos via streaming, como uma “Netflix dos games”.
O novo serviço está em fase beta, porém já está agindo no mercado com jogos via streaming. Assim deixando de lado a necessidade de haver um console para jogar.
O Xbox Cloud Gaming lhe permite jogar jogos via streaming não apenas pelo console ou PC, mas também pelo celular, SmartTV, iphone e aparelhos com android (celular, chromecast).
- Tarefas do dia:
A AmazonEcho é um dos melhores exemplos para como a internet das coisas facilita ao fazer tarefas simples somente pelo comando de voz.
Basta pedir para a Alexa (nome da inteligência artificial da Amazon) para adicionar um compromisso no calendário, programar um alarme, tocar uma música ou acender as luzes da casa fazendo do estilo de vida futurista uma realidade.
Aplicação fora do ambiente doméstico:
As aplicações não são apenas ligadas ao ambiente doméstico, mas também diferentes áreas em que o conceito pode trazer ganho de produtividade ou diminuir custos de produção. Vejamos alguns exemplos mais detalhados.
- Hospitais e clínicas:
Pacientes podem utilizar dispositivos conectados que medem batimentos cardíacos ou pressão sanguínea, por exemplo, e os dados coletados serem enviados em tempo real para o sistema que controla os exames.
- Agropecuária:
Os sensores espalhados em plantações podem dar informações bastante precisas sobre temperatura, umidade do solo, probabilidade de chuvas, velocidade do vento e outras informações essenciais para o bom rendimento do plantio.
De igual forma, sensores conectados aos animais conseguem ajudar no controle do gado: um chip colocado na orelha do boi pode fazer o rastreamento do animal, informar seu histórico de vacinas e assim por diante.
- Fábricas:
A internet das coisas pode ajudar a medir, em tempo real, a produtividade de máquinas ou indicar quais setores da planta precisam de mais equipamentos ou suprimentos.
- Lojas:
As prateleiras inteligentes podem informar, em tempo real, quando determinado item está começando a faltar, qual produto está tendo menos saída (exigindo medidas como reposicionamento físico ou criação de promoções) ou em quais horários determinados itens vendem mais (ajudando na elaboração de estratégias de vendas).
- Logística:
Os dados de sensores instalados em caminhões, contêineres e até caixas individuais combinados com informações do trânsito, por exemplo, podem ajudar uma empresa de logística a definir as melhores rotas, escolher os veículos mais adequados para determinada área, decidir quais encomendas distribuir entre a frota ativa e assim por diante.
Um grande exemplo é a Amazon, conhecida por seus variados métodos de fazer seus produtos chegarem aos seus clientes. A empresa evoluiu muito em suas entregas, indo de robôs autônomos à vans eletrônicas.
Serviços Públicos:
- Transporte:
Usuários podem saber, pelo smartphone ou em telas instaladas nos pontos de embarque, qual a localização de determinado ônibus.
Os sensores também podem ajudar a empresa a descobrir que um veículo apresenta defeitos mecânicos, assim como saber como está o cumprimento de horários.
- Coleta de lixo:
Os sensores em lixeiras podem ajudar a prefeitura a otimizar a coleta de lixo; carros podem se conectar a uma central de monitoramento de trânsito para obter a melhor rota para aquele momento, assim como para ajudar o departamento de controle de tráfego a saber quais vias da cidade estão mais movimentadas naquele instante. Este aspecto nos leva ao tópico das “cidades inteligentes”.
Quais fatores definem a Internet das Coisas?

Existe um conjunto de fatores que determinam como o conceito é constituído essencialmente, três componentes que precisam ser combinados para uma aplicação de IoT existir: dispositivos, redes de comunicação e sistemas de controle.
As redes de comunicação não fogem daquilo que você já usa: tecnologias como Wi-Fi e Bluetooth podem ser usadas para internet das coisas. Mas, como essas redes oferecem alcance limitado, determinadas aplicações dependem de redes móveis, como 3G, 4G e 5G.
Portanto elas são direcionadas a dispositivos como celulares, tablets e laptops.
Neles, o foco está sobre aplicações de texto, voz, imagem e vídeo. Esse aspecto não impede essas redes de serem acessadas para IoT, mas uma otimização para dispositivos variados é necessária, principalmente para garantir baixo consumo de energia e de recursos de processamento.
A internet das coisas pode trazer risco à segurança e à privacidade?

A internet das coisas descreve um cenário em que quase tudo está conectado, é claro que há riscos associados.
É por essa razão que as convenções que tratam do conceito devem levar em consideração vários parâmetros preventivos e corretivos, especialmente sobre segurança e privacidade.
Imagine os transtornos que uma pessoa teria se o sistema de monitoramento de sua casa fosse desligado inesperadamente por conta de uma falha de software ou por uma invasão conduzida por hackers.
Os riscos não são apenas individuais. Problemas de ordem coletiva também podem surgir.
Pense, por exemplo, em uma cidade que tem todos os semáforos conectados. O sistema de gerenciamento de trânsito controla cada um deles de modo inteligente para diminuir congestionamentos, oferecer desvios em vias bloqueadas e criar rotas alternativas quando há grandes eventos. Se esse sistema for atacado ou falhar, o trânsito da cidade se tornará um caos em questão de minutos.
É necessário definir e seguir critérios que garantam disponibilidade dos serviços (incluindo aqui a rápida recuperação em casos de falhas ou ataques), proteção de comunicações (que, nas aplicações corporativas, deve incluir protocolos rígidos e processos de auditoria), definição de normas para privacidade, confidencialidade de dados (ninguém pode ter acesso a dados sem a devida autorização), integridade (assegurar que os dados não serão indevidamente modificados), entre outros.
A aplicação da tecnologia IoT em ambientes industriais já lidam com tais questões, mas esse é um trabalho em constante desenvolvimento. É por isso que é primordial que outro aspecto não seja esquecido: a transparência.
Empresas, governos e usuários domésticos devem estar cientes dos riscos associados às soluções de IoT, assim como receber orientação para minimizá-los.
Referencias: www.infowester.com