
Teste de Software – Por onde começar?
Deixe um comentário / Blog / Por Josiane Ferreira
Ao planejarmos a construção de um software, muitas vezes não planejamos que erros possam ocorrer. Pode ser um “bug” simples como uma tela que fecha inesperadamente ou mais grave onde uma venda errada possa trazer prejuízos.
Para uma equipe de desenvolvedores que já passaram de situação sabe como é chato quando ficamos na mão por culpa de um programa com falhas. O teste de software serve justamente para tentar encontrar possíveis erros que um programa recém-desenvolvido possa apresentar, de modo a conseguir corrigi-lo antes que seja lançado no mercado, ficando disponível para uso do público.
Por isso o teste de software deve estar presente em todas as fases do desenvolvimento, não apenas na última etapa na construção de um programa, sendo possível assim evitar defeitos e garantir a qualidade do sistema. Com isso várias empresas vêm dando destaque para essa etapa na produção do software, aumentando a procura de profissionais especializado em testes e aquecendo o mercado de trabalho para essa área.
O que é teste de software?
O teste do software é a investigação do software a fim de fornecer informações sobre sua qualidade em relação ao contexto em que ele deve operar, se relaciona com o conceito de verificação e validação. Isso inclui o processo de utilizar o produto para encontrar seus defeitos.
O teste é um processo realizado pelo testador de software, que permeia outros processos da engenharia de software, e que envolve ações que vão do levantamento de requisitos até a execução do teste propriamente dito.
O que é e o que faz um testador de software?
O testador de software ou analista de testes é o profissional contratado para encontrar erros, falhas, bugs e outros tipos de problemas detectados durante a confecção de um software.
O mercado para esse tipo de profissional está em crescimento. Proporcional às tecnologias de mercado e a expectativa é de que ele fique cada vez maior, à medida em que empresas desenvolvedoras de softwares passam a entender a importância dos testes em todas as fases do projeto.
Quais os tipos de testes de software?
Existem diferentes tipos de testes que podem ser aplicados num software para identificar suas falhas, sendo as principais:
– Teste da caixa branca – utiliza o aspecto interno do programa/sistema, o código fonte, para avaliar seus componentes. Ele também é conhecido como teste orientado à lógica ou estrutural. Podem ser analisados itens como: fluxo dos dados, condição, ciclos etc. Na hora de implementá-lo é preciso verificar a criticidade, a complexidade, a estrutura e o nível de qualidade que se pretende obter do programa, envolvendo confiança e segurança;
– Teste da caixa preta – diferente do teste anterior, que prioriza os aspectos internos, o teste da caixa preta verifica aspectos externos. Os requisitos funcionais do sistema são avaliados. Não se observa o modo de funcionamento, sua operação, tendo como foco as funções que deverão ser desempenhadas pelo programa. Desse modo, avalia-se se um grupo de entrada de dados resultou nas saídas pretendidas, levando-se em consideração a especificação do programa. Ou seja, o que se esperava que o software deveria fazer. É conhecido também como técnica funcional;
– Teste da caixa cinza – esse tipo de teste une os dois anteriores, por isso o termo “cinza”. Avalia tanto os aspectos internos quanto os externos, de entrada e saída. Pode utilizar-se de engenharia reversa;
– Teste de regressão – esse consiste em realizar testes a cada versão de um software, onde se modificam-se funcionalidades. Desse modo, evita-se que erros que foram corrigidos antes no software antes voltem a aparecer na hora de se incrementar algo novo a ele.
– Teste de unidade – testa-se unidades menores de um software, de modo isolado, para ver se todas funcionam adequadamente;
– Teste de integração – depois das unidades testadas, realiza-se uma verificação se elas funcionam juntas, integradas. Pode ocorrer delas apresentarem incompatibilidades ao funcionarem em conjunto, mesmo após terem sido aprovadas no teste de unidade;
– Teste de carga – esse teste é feito para avaliar os limites de uso do software, o quanto ele suporta em volume de informações, tráfego etc. sem que apresente erros;
– Teste de usabilidade – esse teste é feito por um pequeno grupo de usuários para ver se o software satisfaz as suas necessidades. Nesse teste analisa-se como o usuário usa o sistema, verificando onde ele tem mais dificuldade. Ouve-se também suas impressões, porém é preciso confrontá-las com as observações do avaliador;
– Teste de stress – aqui leva-se o software ao seu limite de potência e funcionamento, para mais ou para menos, de modo a avaliar em qual ponto ele deixa de funcionar adequadamente. Isso é feito para verificar se suas especificações máximas ou mínimas de uso estão corretas.
O que é um plano de teste de software?
Um plano de teste é feito para colaborar com o desenvolvimento de um software. É por meio desse plano que os componentes técnicos, funcionais, estruturais etc. serão verificados e validados, de modo a garantir o bom funcionamento do programa junto ao usuário final. Sendo assim, um plano de teste de software tem como foco garantir a confiabilidade e segurança de um software, identificando possíveis erros e falhas durante a sua confecção, ou até mesmo depois.
Ele deve ser planejado em conjunto com a proposta do software, sendo aplicado em cada etapa do projeto e não somente no final.
Como se tornar um analista de teste?
Para se tornar tester (analista de teste) é necessário ter conhecimento básico em programação, lógica, e além de saber resolver problemas tem que entender muito com todas as regras de negócio do sistema. Além disso, é interessante ter um conhecimento pelo menos técnico da língua inglesa, devido muitas das ferramentas usadas na área estarem disponíveis apenas neste idioma.